
- Imagem de Isabel Filipi
Estigma
Andréa Motta
Por sendas oblíqüas,
violência urbana
violência doméstica.
Delitos, impunidade e dor,
na penumbra das cidades.
Pelas esquinas,
rostos anônimos,
corpos lanhados
pelas marcas do desamor.
Não importa a idade,
classe social.
Mulheres,
tomadas pelo medo,
têm a alma amargurada,
a carne rasgada.
Nos olhares castigados,
não há lágrimas nem sorrisos.
Só um silencioso pedido de socorro
entre sonhos adormecidos.
O tempo, é como sopro,
leva sem remorsos,
o silêncio da noite, os hematomas,
as escoriações, as mãos vazias...
- ( não importa a identidade,
o coração partido,
o medo
a desventura) -
E, sem sofismas
na alvorada, traz a denúncia,
porta à liberdade!
30/11/04
5 comentários:
Bom dia Andrea,
Não conhecia este teu Blog...
Fico feliz por teres usado a minha imagem ...
já sabes que eu adoro este teu poema ... nunca vi nada tão bem escrito sobre o tema ...
beijinhos e um bom domingo
Muito bom o teu post...
Estou convosco no Detalhes e no Pensamentos...
Beijos...
"Aqui fica a minha solidariedade para com todos aqueles que sofrem, no corpo ou na mente, da violência dos que se julgam muito fortes mas não passam de reles cobardes..."
Venho agradecer ter aderido à campanha que lancei contra a violência de género, que não se esgota só na violência doméstica.
Se me permite, qualquer dia levarei um texto seu!
Bom dia!
Isabel e Alice
Muito obrigada pela delicadeza! Abraços, Andréa
São:
Agradeço sua visita e comentário,Obrigada!. Esteja a vontade para utilizar meus textos. Abraços, Andréa
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