domingo, 15 de julho de 2007

Espiral de Fumaça





Espiral de Fumaça
Andréa Motta


Traço,
traçados sem nexo
(reflexos de meus espaços),
na intensidade de fumaça
que esvoeja no tempo
inexato de minha percepção..

Incito,
em brado mudo
(de onde nascem os sonhos,
florescem as fantasias!),
desaquietando espectros
passageiros de momentos
irreversíveis.

Por rebeldia,
em esboços abusados
extrapasso a inércia
dos sentidos.
Esculpindo-me ao lume
de mim mesma.

Finalmente,
repouso na Poesia.

2 comentários:

Anônimo disse...

Pois Andréa, quando se extravasa, se salta os limites.. os traços, os incitamentos, as divagações... perdem o nexo comum,mas não perdem o fio ao pensamento... o sentido está lá, o rumo está lá, bem dentro do quente de cada um!
Já tinha saudades tuas menina poetisa. Beijinho grande...

lisieux disse...

Oi marida! Vim matar a saudade de ti... ainda estou em São Bernardo e só volto no dia 02 de setembro. Belo poema, como sempre! Gostei do último também, com a formatação da Lu... Sempre muito bom te ler.
Bjoookas e bom final de semana
lis