domingo, 15 de julho de 2007

Espiral de Fumaça





Espiral de Fumaça
Andréa Motta


Traço,
traçados sem nexo
(reflexos de meus espaços),
na intensidade de fumaça
que esvoeja no tempo
inexato de minha percepção..

Incito,
em brado mudo
(de onde nascem os sonhos,
florescem as fantasias!),
desaquietando espectros
passageiros de momentos
irreversíveis.

Por rebeldia,
em esboços abusados
extrapasso a inércia
dos sentidos.
Esculpindo-me ao lume
de mim mesma.

Finalmente,
repouso na Poesia.